terça-feira, 15 de abril de 2014

ahhh...

ele só usa preto.
tem jeito de que era punk nos anos 80.
sua fala rápida não é crença, é dúvida.
seu sotaque, metodologia.
seus anéis, ciência.
seus cabelos, quase longos, problematização.
sua altura, um elogio ao erro.
deve ter problema na coluna de tanta bagagem cultural que carrega por aí.
putz, que texto piegas, que paixonite infantil.
mas não te preocupes que assim como tudo que é passageiro
o tempo, a vida, os sentimentos, a ciência em si
eu hei de superar o que a cultura construiu e o que o mundo anteviu.
porque mudo.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

ser aí

uma neblina que altera o pensamento
um ônibus cheio de pessoas livres
a fumaça que se espalha como vento
do amor e da leveza não me prives
meu canto, teu riso, nossa glória
teu charme, meu encanto, vale a pena
cada passo dado, obra encontrada, uma história
minha alma colada no mundo, grande e pequena
o mundo fez-se meu quando abri os olhos
minha ignorância me priva de tê-lo
está aí, estou aqui, somos vossos
as subjetividades dos outros me aprisionam no medo
mas o medo é meu e devo senti-lo, amá-lo, abrigá-lo, sê-lo
como um abraço de quem estende o peito para o mundo, pra tudo, pro sentir
e isso só o mais ínfimo dos seres vende, entende
o máximo quando o meu vento toca o seu
o tudo quando o ar que estava em mim vai para ti