segunda-feira, 11 de julho de 2016

Contemplação e Humanidade

não deixarei que minhas trêmulas mãos derrubem mais copos
ou que essa gangorra humana me desastabilize
o leite uma vez derramado  não volta mais para a jarra
e o espelho uma vez quebrado possui cicatrizes
a estrada é longa e o horizonte é ali
ando com os pés descalços
para que os espinhos me façam sentir
humanidade
solidão e inverno
o frio não mais me assusta
está dentro de mim
o caminho segue a menina
e a menina rosnando lhe diz
não deixarei que me desestabilizes
não deixarei que domines aqui
meu peito é fogo meu peito é brasa é alma é paixão
a menina segue
e caminha
em busca de contemplação