segunda-feira, 14 de abril de 2014

ser aí

uma neblina que altera o pensamento
um ônibus cheio de pessoas livres
a fumaça que se espalha como vento
do amor e da leveza não me prives
meu canto, teu riso, nossa glória
teu charme, meu encanto, vale a pena
cada passo dado, obra encontrada, uma história
minha alma colada no mundo, grande e pequena
o mundo fez-se meu quando abri os olhos
minha ignorância me priva de tê-lo
está aí, estou aqui, somos vossos
as subjetividades dos outros me aprisionam no medo
mas o medo é meu e devo senti-lo, amá-lo, abrigá-lo, sê-lo
como um abraço de quem estende o peito para o mundo, pra tudo, pro sentir
e isso só o mais ínfimo dos seres vende, entende
o máximo quando o meu vento toca o seu
o tudo quando o ar que estava em mim vai para ti

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