quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

o canto de uma madrugada

que o vazio que perpassa meu corpo hoje
amanhã se faça plenitude
e não defina a minha existência
como tristeza dor e agonia

o que é da vida senão sofrer?
Sofrer sentir dor às vezes alegria
estou cansada já é noite
e a minha alma continua vazia

contudo às estrelas que chegam às vezes me trazem uma calma
algo como um afago, a sobrevivência de um dia
se tardo sozinha ou se amanheço
se canto aos ventos ou se entristeço
tenho a carne viva como companhia

o que pra mim já é o suficiente
afinal de contas se vivo incandescente
se só sei sentir à flor da pele
o frio que maltrata a alma ardente
a raiva que faísca entre os dentes

é porque tenho apreço ao que mata, à vida

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