Não pôde conter as correntes
elétricas que tomaram conta de seu corpo.
Mas o pequeno xerife que morava em seu
átrio direito não deixaria isso acontecer. O intruso chegou sorrateiro, um
forasteiro naquela cidadezinha que ela chamava de coração. O pequeno xerife se indignou com aquele
que se aproximava cada vez mais rápido, rápido demais em sua
opinião. Primeiro foram os beijos, que enviavam sensações
inusitadas para a cidadezinha, que ia se aquecendo, derretendo a sua
neve interior e ficando mais quente. Depois foram as gargalhadas que
ele incitava nela com as besteiras que falava, eram dois crianções. Seu corpo o queria mas seu cérebro
dizia não. O cérebro mandou ordens para o pequeno xerife montar
guarda e garantir que o forasteiro não entrasse em seu coração.
Mas o intruso era persistente. Os dois se empenharam num duelo que só
podia acabar mal. Sentimento contra pensamento, paixão contra
sinapses nervosas, razão contra emoção. A teimosia do pequeno
xerife só poderia durar por pouco tempo porque o forasteiro
destemido sabia o que estava fazendo e iria roubar aquela cidadezinha
pra ele, com seus moradores, o cérebro, o xerife e o baralho a
quatro querendo ou não, pois era um pistoleiro profissional. Enquanto os dois duelavam ali dentro,
seu corpo tremia. Febres internas, que indicavam que uma batalha
estava ocorrendo dentro de si, a possuíam. No final, o xerife não
resistiu às tentações e cedeu-se ao protótipo de Django. E, ao
contrário do que muitas lendas dizem por aí, não morreu e, sim,
apenas encantou-se com o intruso (que agora já não era chamado de
intruso) e decretou-o conquistador daquelas terras. E o cérebro e o
resto do corpo fizeram o que com essa situação? Bom, se o xerife
decretou, todo o seu sistema funcional teve que concordar com o
“jovem conquistador” morando ali porque afinal de contas não se
deve violar a lei.
Oh Meu Deus! Como vc é fofa apaixonada! Oun'
ResponderExcluirAtchim! Hahha